domingo, 19 de agosto de 2012

E Dwight Howard é dos Lakers...

Depois de Shaq, os Lakers conseguem outro pivô de verdade


   ... pelo menos por enquanto. Como todo mundo sabe, no final de julho ocorreu a troca entre 4 equipes (Magic, Lakers, 76ers e Nuggets), que levou D12, Duhon e Clark para os Lakers; Bynum e Richardson para Filadélfia; Iguodala para Denver e o Magic recebendo Afflalo, Harrington, Harkless, Vucevic, Eyenga, McRoberts e 5 picks, do ano que em até 2017.

    Ou seja, o Magic apertou o botão de reset (já devia ter feito isso há um ano atrás, no mínimo), Lakers se candidata ao título, Nuggets e 76ers podem melhorar com suas novas peças.

    Quanto à novela dwightmare, pelo menos se encerrou por um ano, que é quando Howard será free-agent. Mitch Kupchak, GM dos Lakers, acredita que conseguirá convencer o Superman a renovar com os Lakers, apesar da vontade do pivô de ir para o Brooklyn. Acredita que a mentalidade vencedora da equipe angelina, juntamente com os all-stars Bryant, Gasol e Nash o convencerão a renovar. Além disso, fanfarrão como o D12 é, as luzes e atenções de L.A. só o fariam mais feliz.

    Kobe Bryant já faz campanha para Dwight ser o franchise player dos Lakers depois que ele parar (daqui a 2 ou 3 anos, talvez). Mas, de verdade, ninguém sabe o que se passa na cabeça do pivô, e o que ele fará daqui a um ano. Os Nets fizeram a mesma aposta com Deron Williams, e enquanto a maioria dos críticos apostava que ele só ficaria por lá durante 1 ano e sairia, não foi o que ocorreu. Bom, acredito que vá depender do dia-a-dia no clube, nos vestiários, o clima que ele vai sentir, além dos resultados. Mas acredito que ele acabe renovando sim.

    E isso faz dos Lakers os favoritos para a próxima temporada? Definitivamente os coloca entre os pretendentes, junto com o Thunder, Spurs, Miami, Celtics e Bulls (se o Rose voltar cedo, e jogando bem). Com Nash armando do jeito que está, tanto faz a idade dele: ano passado ele terminou em 2o lugar entre os jogadores com mais assistências, atrás apenas de Rajon Rondo (que atua num time com muito mais estrelas do que os Suns, claro). E isso sendo o jogador com menos minutos entre os 8 principais assistentes. Se Pau Gasol voltar animado com a ótima olimpíada que fez, e D12 fizer o trabalho de sempre de rebotes e tocos, a coisa vai ficar boa para Los Angeles.
 
   Quanto aos Nuggets e 76ers, só vendo o que acontece. São 2 times jovens, que fizeram boas campanhas no ano passado, e que podem render ainda mais esse ano.


Bynum chegou falando em renovar ano que vem. Será?


   Em Filadélfia, por exemplo, as coisas podem melhorar com a chegada de Bynum, desde que ele queira jogar, coloque a cabeça no lugar, esse tipo de coisa. Tiveram a perda do Iguodala, grande jogador, mas que parecia atuar mais como um mentor para a molecada (que rendeu muito bem), sendo mais usado nos finais de jogo, pra trazer a calma e experiência que o time precisa. Outros jogadores terão que ocupar esse espaço. Além disso, o time tem que convencer Bynum a renovar daqui a um ano.

Campeão olímpico, Iguodala já fala em renovar com os Nuggets


   Iguodala leva sua experiência para os Nuggets, um time também em formação, e que deu bastante trabalho aos Lakers na primeira rodada dos playoffs, levando o confronto ao jogo 7. Veremos se o time vai sentir falta de Afflalo e Harrington (eu acho que não muito), e evoluir em relação ao ano passado.

   O Orlando Magic se junta aos Bobcats, Wizards, Hornets, Cavaliers, Raptors e Kings, na disputa pela 1a pick do draft. E assim deve ficar nos próximos 2 ou 3 anos, tentando remontar um time e, eventualmente, conseguindo uma boa troca depois de draftar alguma futura estrela.


Quantidade de picks que o Magic levou, e que vai precisar pra conseguir um time

sábado, 18 de agosto de 2012

Fechando as Olimpíadas


Até o Google fez um doodle em homenagem ao basquete


    Bom, o torneio olímpico de basquete acabou faz tempo, e a gente queria fazer pelo menos um post de fechamento, pois ele merece. :)  Foi uma das coisas mais legais de se assistir nos Jogos, então vamos a um resumão.

   Como todo mundo sabe, os EUA ganharam o torneio, derrotando a Espanha por 107 x 100. Tanto nesse jogo quanto no jogo da Lituânia, a equipe americana chegou a passar algum calor entre o 3o e 4o quartos, mas acho que ninguém chegou a imaginar que o ouro não seria deles.

   O bronze ficou com a Rússia, que derrotou a Argentina por 81 x 77. Pelas minhas contas, o Brasil ficou com a 5a posição, e a França em 6o. Para um país que não ia aos Jogos Olímpicos de 1996 (despedida de Oscar), acho que foi um ótimo resultado. Obviamente, sempre se pode esperar mais, como naquele jogo contra a Rússia: é inevitável pensar no que poderia ter acontecido se aquela bola de 3, desequilibrada nos últimos segundos não tivesse caído. Vamos imaginar?

   Brasil chegaria líder isolado da chave na última rodada, com Rússia e Espanha em 3o. A Rússia teria um jogo "fácil" pela frente, a Austrália, enquanto Brasil e Espanha fariam um bom duelo. Acredito que a Espanha acabaria entregando o jogo de qualquer forma, pois teria medo da vitória russa, que a colocaria em 2o no grupo (caminho dos EUA). Com isso, provavelmente sairíamos líderes, e pegaríamos a Lituânia, jogo "ganhável", e depois a Espanha na semi, aí sim, uma pedreira.

    Mas, voltando a realidade. Nada disso aconteceu, e acabamos pegando nossos hermanos Argentina nas quartas, e perdendo por 5 pontos. Resultado normal, que poderia ter sido a favor do Brasil se não fosse por pequenos detalhes. O importante agora é se preparar pro Mundial da Espanha, 2014, e pras nossas Olimpíadas aqui do Rio.

    Então vamos a algumas estatísticas dos jogos:

  • foi o 14o ouro norte-americano, em 17 disputas. Nas 3 em que não foi ouro, os EUA conseguiram uma prata e 2 bronzes.
  • foi a 3a medalha olímpica do time da Espanha, todas de prata.
  • foi a 10a medalha russa (sendo herdeira da União Soviética), sendo 2 ouros, 4 pratas e 4 bronzes.
  • fora EUA e Rússia, apenas a antiga Iugoslávia e a Argentina possuem ouro olímpico.

    Líderes em pontos:
  1. Mills (AUS)      21.2
  2. Durant (EUA)   19.5
  3. Ginobili (ARG) 19.4
  4. P. Gasol (ESP)  19.1
  5. Scola (ARG)     18.0


    Rebotes:
  1. Yi (CHI)       10.2
  2. Mejri (TUN) 10.0
  3. Diogu (NIG) 9.0
  4. Ben (TUN)   8.6
  5. Nenê (BRA) 8.0


     Assistências:
  1. Prigioni (ARG)    6.5
  2. Huertas (BRA)     6.0
  3. Shved (RUS)        5.9
  4. L. James (EUA)   5.6
  5. Jasikevicius (LIT) 5.3


     Tocos:
  1. Mejri (TUN)       3.4
  2. Yi (CHI)             2.2
  3. Kirilenko (RUS) 1.8
  4. Batum (FRA)     1.5
  5. Ibaka (ESP)        1.3


     Roubos de bola:


  1. C. Paul (EUA)  2.5
  2. Aminu (NIG)    2.0
  3. Kirilenk (RUS) 1.9
  4. Nielsen (AUS)  1.8
  5. Prigioni (ARG) 1.8



     Faltas recebidas:

  1. Kirilenko (RUA) 6.0
  2. Yi (CHI)             6.0
  3. Scola (ARG)      5.8
  4. M. Gasol (ESP)  5.5
  5. P. Gasol (ESP)   5.4
   

     Termino o post com a seleção do campeonato, na humilde opinião desse blog (já que não existe uma escolha oficial).

     Seleção do campeonato (na opinião do Pula 2):

     PG: Chris Paul (EUA)
     SG: Manu Ginobili (ARG)
     SF/PF: Kevin Durant (EUA) e Lebron James (EUA)
     C: Marc Gasol (ESP)

     É isso, basquete olímpico agora só em 2016, onde esperamos que o Brasil chegue pelo menos nas semifinais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ganhadora da camisa 2012


   Divulgo aqui que a vencedora da promoção do Pula 2, Mayana Moscoso, já recebeu sua camisa do Derrick Rose, dos Bulls. Tivemos que trocar da preta pra vermelha, pelo fato da preta estar em falta.

   Parabéns novamente, Mayana. Outras promoções surgirão.




    Pode ser você aqui, no lugar da Mayana (ou do Carlos Henrique, ganhador da camisa no ano passado). Curta nosso facebook (https://www.facebook.com/pula2nba), nos siga no twitter (@pula2nba), e fique de olho aqui no nosso espaço pra acompanhar as matérias e as futuras promoções.

sábado, 4 de agosto de 2012

Olimpíadas (primeira semana)



   E eis que surge o primeiro post sobre o basquete olímpico. Não sei o que vocês têm achado até agora, mas eu tenho gostado bastante. O torneio tem tido um pouco de tudo, com resultados previsíveis, surpreendentes, recordes, jogadas fantásticas e bizarras.

   Agora a fase de grupos está acabando (cada seleção só tem mais um jogo), e a situação é a seguinte:

Grupo A:

USA - 4 v (+162 pt)
ARG - 3 v (+53 pt)
FRA - 3 v (-8 pt)
LIT   - 1 v (-17 pt)
NIG  - 1 v (-112 pt)
TUN - 0 v (-78 pt)

   Os 4 primeiros de cada grupo se classificam. Nosso interesse nesse grupo é, especialmente, a seleção americana, claro. Franca favorita ao ouro, colocou uma pulga na orelha de todo mundo ao ficar atrás no jogo contra a Lituânia hoje, a 5 minutos do fim de jogo. Porém, viraram a partida (Lebron James jogou muito no 4o quarto, e foi cestinha da equipe junto com Carmelo Anthony) e continuam invictos.

   O jogo da última rodada, contra a Argentina, promete ser um jogão. Os hermanos com certeza se animaram com a partida americana hoje (e também com o amistoso que fizeram contra eles, muito apertado), e vão com confiança. Porém, se der a lógica e os USA vencerem, aí a Argentina deve ficar mesmo em 3o lugar.

   Pra terminar de falar dos nossos vizinhos: eles têm o cestinha da Olimpíada (Scola, 22.5 ppj) e também o 3o cestinha (Ginobili, 21 ppj), que aliás é também o grande ladrão de bolas do torneio até agora. Ah, e Scola é também o atleta que mais recebe faltas em Londres.

   Os destaques americanos têm sido Carmelo Anthony e Kevin Durant. Mas vários jogadores também têm se saído bem, como Kevin Love, Russell Westbrook, Chris Paul e Deron Williams.


Melo, MVP?

   Pra terminar a análise da equipe americana, não posso deixar de mencionar a histórica partida contra a Nigéria, 156 x 73. Isso mesmo, incríveis 83 pontos de vantagem, recorde olímpico. Os 156 pontos também são recorde, desbancando os 138 do Brasil em Seul. A equipe acertou 29 cestas da linha dos 3 (!), sendo que Carmelo Anthony, grande destaque do jogo, acertou 10 de 12 arremessos de longe. Ele terminou a partida com 37 pontos, com apenas 14 minutos em quadra (esse é o recorde de pontos de um jogador dos Estados Unidos em Olimpíada, superando Marbury em 2004). Uma partida para entrar na história, com certeza.



Grupo B:

RUS - 4 v (+43 pt)
BRA - 3 v (+47 pt)
ESP  - 3 v (+26 pt)
AUS - 2 v (+35 pt)
GBR - 0 v (-57 pt)
CHI  - 0 v (-94 pt)

   Nesse grupo, o nosso interesse é, obviamente, a China. Ops, quero dizer, o Brasil. A equipe brazuca, tirando o atraso de 16 anos sem ir aos jogos, apresentou um bom basquete nos amistosos de preparação. Porém apesar da boa campanha olímpica, o time tem alternado bons e maus (muito) momentos. As 2 vitórias iniciais, contra Austrália e Grã-Bretanha foram muito mais difíceis do que deveriam ser, e deixaram todo mundo preocupado. 

   Curiosamente, o jogo seguinte, a sofrida derrota no último lance para a Rússia, foi, na minha opinião, o jogo que o Brasil esteve melhor até aquele momento. Demonstrou poder de reação, e perdeu por essas coisas do basquete (2 lances livres no finzinho perdidos pelo Larry Taylor, que estava estraçalhando o jogo; último tempo gasto pelo Magnano; arremessos bizarros de Marcelinho Machado, etc.).

   A partida de hoje, contra a China, nem conta muito. A equipe chinesa é bem ruim, e levou a sua maior surra das Olimpídas (39 pontos de diferença). Mas o importante é que o Brasil jogou muito bem, focado, e tem que levar essa atitude para o jogo contra a Espanha.

   No geral, o que tem prejudicado o Brasil é o ataque. A defesa tem ido muito bem, mas em alguns momentos parece que o ataque: a) não se movimenta o suficiente, ou b) erra muitos arremessos livres, próximos à cesta; nosso aproveitamento de 3 e de lance livre tem sido preocupante.

   A Espanha era considerada, antes do início do torneio, a grande favorita à prata. Depois do sufoco contra a Grã-Bretanha (1 ponto de diferença), esse favoritismo começou a gerar suspeitas. Depois da derrota de hoje pra Rússia, acabou. O grupo está aberto, e qualquer um dos 3 países que estão no topo poderiam ter conquistado o primeiro posto. 
 
   Na atual situação, tudo indica que os russos ficarão soberanos no grupo, e devem pegar a Lituânia nas 4as. Brasil e Espanha fazem o duelo que vale o 2o posto. O curioso desse duelo é que a equipe que ganhar (será 2a colocada) pegará provavelmente a Argentina, time duro, e, se passar, pega os Estados Unidos, que acabarão com a Austrália. Já o perdedor do duelo, que passará em 3o, pegará o forte time da França, mas, se passar, pegaria provavelmente a Rússia. Pedreira, mas de menores proporções.


Huertas, o salvador da pátria

    Os destaques do Brasil têm sido Marcelinho Huertas, Marcelinho Huertas e Marcelinho Huertas. Hehehe, exageros à parte, Huertas tem sido um monstro, está sendo considerado o melhor armador do mundo fora da NBA. Recebe elogios a cada jogo de toda a imprensa mundial. Fora ele, quem tem se destacado é o Varejão, o Splitter (vai treinar lance livre, rapaz) e o Nenê. O Leandrinho tem sido nosso cestinha, mas seu "Q.I. basquetebolístico" tem deixado a todos de cabelo em pé.


Alguns stats

    Já que todo mundo que acompanha basquete é louco por elas (não, não estou falando das cheerleaders olímpicas, e sim das estatísticas). São todas médias por jogo, e no caso de empate, coloquei o jogador que conseguiu a média com menos minutos:

Pontuação:
Scola (ARG):     22.5
Mills (AUS):      22.0
Ginobili (ARG): 21.0

Rebotes:
Mejri (TUN):  9.5
Diogu (NIG):  9.5
Yi (CHI):        9.3

Assistências:
Shved (RUS):        6.3
Huertas (BRA):     6.3
Jasikevicius (LIT): 6.0

Tocos:
Mejri (TUN):   3.3
Yi (CHI):         2.0
Batum (FRA): 1.8

Roubos de bola:
Ginobili (ARG): 2.5
Nielsen (AUS):  2.3
Paul (USA):       2.0


Palpites

   Vamos brincar de quebrar a cara? Então vamos, palpites para a rodada de 2a feira. Acredito que os classificados do grupo, na ordem, serão:

Grupo A: USA, França, Argentina e Lituânia.

Grupo B: Rússia, Brasil, Espanha e Austrália. 

Coloquei logo o Brasil ganhando da Espanha, o que custa sonhar, né? Com isso, os cruzamentos seriam:

USA x Austrália, França x Espanha, Brasil x Argentina, Rússia x Lituânia. Num cenário perfeito, imagino o Brasil disputando o bronze contra a França, enquanto Estados Unidos e Rússia fazem uma final old-school, ou seja, à moda antiga. Seria um final bonito para um torneio, até aqui, muito agradável de acompanhar.