sábado, 29 de outubro de 2011

A semana do "quase" (de novo)

Até as cheerleaders choram por uma temporada ameaçada


   E lá se vão 120 dias de lockout, e lá se vai o mês de novembro da temporada regular. Ontem o comissário David Stern divulgou que a segunda metade de novembro também está cancelada, e que é impossível termos uma temporada completa, com 82 jogos.

   Relembrando que a última vez em que tivemos uma temporada curta foi na temporada 98-99, quando cada time teve apenas 50 jogos, e não houve All-Star Weekend. Naquele ano de 99, os jogos só se iniciaram no começo de fevereiro.

   Esperemos que o mesmo não aconteça esse ano. Depois de vários encontros do "quase", e das reuniões de 23 horas em 2 dias seguidos, eis que, numa nova reunião da 5a feira, surge a esperança de uma resolução. Vários jornalistas americanos, com boas fontes, divulgaram que ainda essa semana terminaria o lockout. No final do dia, as duas partes saíram bastante otimistas, prontas para se encontrar no dia seguinte, 6a feira.

   Porém, ontem à noite, foi divulgado que as partes ainda não chegaram a um acordo sobre a divisão dos lucros da NBA (os donos das franquias continuam exigindo aumento de sua parte de 43% para 50%, enquanto os jogadores aceitam o aumento até 48%). Com isso, novos jogos cancelados, e ainda a incerteza sobre a temporada.

   Ainda não existe data para um novo encontro. Com esse cancelamento do mês de novembro, cada parte perde, aproximadamente, 400 milhões de dólares. Muito mais do que os 2% de diferença que ainda mantém o lockout. Obviamente, os jogadores saem perdendo mais, pois a carreira deles é limitada, enquanto a dos donos de franquia não.

   Eu esperava que o próximo post aqui no "Pula 2" fosse sobre o término da greve, e a retomada das contratações, treinamentos, etc. Mas infelizmente ainda não foi agora. Só nos resta torcer para que a temporada comece o quanto antes, evitando assim a perda de mais partidas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A greve (lockout) e os jogadores mais prejudicados



   Bom, a greve da NBA já completou 102 dias, e como a maioria já deve saber, começou a causar estragos na temporada regular. O comissário da NBA, David Stern, já anunciou o cancelamento das 2 primeiras semanas da temporada regular, que começaria dia 01/11, e agora está prevista, numa expectativa otimista, para o dia 15/11.

   Foram em torno de 100 jogos cancelados, o que significaria, aproximadamente, que cada time faria agora 78 e não mais 82 jogos na temporada. Ainda é um corte pequeno, mas que pode aumentar bastante se um acordo não se realizar nos próximos dias. Lembremos que a temporada 98-99 teve apenas 50 jogos por causa de uma greve como essa.

   Não quero entrar no mérito de quem tem razão, embora esteja mais inclinado a estar do lado dos jogadores. E isso por diversas razões: são eles que fazem o espetáculo, atraem o público, vendem camisas, atraem mídia, etc. Além disso, a carreira de um dono de franquia pode durar 30, 40 anos facilmente. A de um jogador da NBA dificilmente chega a 20 anos; logo, eles têm que correr atrás dos seus interesses. E só o fato deles estarem aceitando uma redução no seu montante de ganhos (de 57% do faturamento da NBA para 53%, aumentando o percentual das franquias de 43% para 47%) já mostra a boa vontade com que eles estão encarando a negociação. Mas repito, essa é apenas a minha opinião.

   A questão é que a greve é ruim para todas as partes: os donos das franquias, os jogadores, toda a mídia que cobre o campeonato, e também para nós, os fãs. Só nos resta torcer para que um acordo seja logo alcançado, para que esse lockout tenha fim.

   O que quero destacar nesse post é o lado dos jogadores, que é o que nós acompanhamos mais de perto (alguém sabe de cabeça o nome de um dono de franquia, sem ser o do Dallas ou do Lakers?). É óbvio que todos saem perdendo com a greve, mas quais serão os mais prejudicados? Criei 3 grupos, e ilustro cada um deles com alguns jogadores. Vamos a eles:


1) Jogadores veteranos entrando pra história:

Nessa categoria coloco os jogadores que estão nos seus últimos anos de carreira, ou saindo do seu auge. Jogadores que indubitavelmente estarão no Hall da Fama da NBA, e que terão suas camisas aposentadas quando se aposentarem. Podem estar ou não bem posicionados em rankings históricos (fiz 2 posts após o término da temporada, destacando alguns rankings: você pode acessá-los por aqui a parte 1 e a a parte 2).

Nesse grupo poderíamos colocar jogadores como Kobe Bryant, Tim Duncan, Kevin Garnett, Dirk Nowitzki, Paul Pierce, Jason Kidd, Steve Nash, Ray Allen, Manu Ginobili e Chauncey Billups.

Nash já tem 37 anos e 0 anel. Mas ganhou uma lapdance da Nicki Minaj

Em um patamar abaixo, temos jogadores como Richard Hamilton, Andre Miller, Ben Wallace, Marcus Camby, Theo Ratliff e Jermaine O'Neal.


2) Jogadores no auge de suas carreiras (ou em ótima fase):


Aqui coloco jogadores que estão simplesmente no auge da sua forma, tanto técnica quanto física, ou estão jogando muito bem em uma equipe vitoriosa. Ou seja, jogadores que detestariam perder um momento desses sentados no sofá da sala, ou jogando em alguma outra liga do mundo.

Podemos listar jogadores como Lebron James, Dwyane Wade, Derrick Rose, Kevin Durant, Dwight Howard, Carmelo Anthony, Deron WilliamsChris Bosh, Rajon Rondo, Chris Paul, Tony Parker, Zach Randolph, Kevin Love, Marc Gasol, Monta Ellis e novamente Kobe Bryant, Dirk Nowitzki e Jason Kidd.

Wade sem poder retirar o amargo da derrota nas finais (e sem poder ver as Heat Dancers)


3) O restante: jogadores free-agents melhor cotados e iniciantes adquirindo experiência:


Finalizo juntando dois grupos distintos: os jogadores free-agents que estavam na lista dos mais cobiçados, e os jogadores que estão iniciando, naquela fase de ganhar experiência, "sentir o jogo", aprendendo como se virar entre os grandes da NBA.

Aqui coloco: Nenê, Marc Gasol (de novo), David West, Tyson Chandler (novamente), Thaddeus Young, Jason Richardson, Glen Davis, Blake Griffin, John Wall, DeMarcus Cousins, Tyrekee Evans, Stephen Curry e Brandon Jennings.


"Estou fora do ressurgimento do basquete brasileiro. E sem contrato, em lockout."




E com mais ou menos a mesma expressão do nosso Nenê na foto acima, encerro esse post, sempre na espera de que uma nuvem de bom senso surja entre as partes envolvidas nesse lockout.